Nossa História - Pousada Paraíso Caxias

 

Tudo começou quando eu estava em lua de mel e eu e minha ex esposa estávamos indo para o aeroporto e nós víamos muitas famílias, mães, especialmente estrangeiros, e sabia do fato no qual eles dormiam no aeroporto, no Galeão. Sabia que tinha tantos hotéis próximos que eu achava um absurdo aquele pessoal ficar ali. E quando eu indaguei uma delas, elas estavam esperando voo, às vezes, pra daqui a três, quatro dias. Porém falavam que não tinha dinheiro para um hotel, que então, eu pesquisando os preços locais na época e claro, isso uns doze anos atrás, e só havia hotéis no cujo a diária era acima de R$ 300 e isto pra duas pessoas, três pessoas, chegava a R$ 500, R$ 600. Então, uma família na qual geralmente passava de 3 pessoas nunca conseguia um local pra ficar.  

Eu identificando esse detalhe, decidi planejar um local aonde eu podia receber essas pessoas, principalmente esses estrangeiros e seria voltado totalmente pra isso. Só que o local ele era um pouquinho distante, só que não podia ser tão distante. Então eu tive que mostrar, mudar a visão do local para perto. Mas em comparação a quê? A outros lugares mais distantes? 

Então eu fiz um marketing, fiz um trabalho na qual mostrava eu falando para a pessoa que o local era perto, porém mais perto do que as vezes o local que eles queriam ir que no caso, era o famoso Centro do Rio de Janeiro ou outro local famoso no mundo todo. Mas nunca Duque de Caxias, que é muito próximo ao Rio. O outro fator que eu enfrentei foi também a questão de as pessoas reconhecerem a cidade como um lugar perigoso, o que não era verdade, só que é para mim tirar isso da cabeça das pessoas, eu tinha que mostrar uma qualidade muito superior do que eles conseguiriam ter, como no Copacabana Palace. 

Então eu comecei com essa abordagem, um atendimento superior e fomos anunciando para essas famílias que estava precisando, nas quais saiam de lá, não tinham onde ficar e cobrava um preço bem mais baixo, como R$ 100 no começo era mais, 90, 80 reais eles conseguiam pagar e ficar quatro dias, três dias. O tempo que era necessário. 

Eu fazia o trabalho de buscá-los. Eu também buscava os clientes por um preço, claro, eles pagavam numa boa. Só que o que eles gostavam mais era a segurança que era transmitida. Então, eu comecei o trabalho assim: Eu buscava, ia, fazia todo o trabalho e voltar e buscar. 

A gente conseguiu criar, comprar outras áreas, expandimos o negócio e tudo começou com apenas um local, um local pequeno que só atendia no máximo duas pessoas. Só que sempre lotado porque eu ia buscar, eu ia captar os clientes, eu fazia esse trabalho de branding com o tempo e fui fazendo parcerias. 

E essas parcerias foi me enviando de fora outros contatos. E com o tempo, veio grandes empresas querendo a minha área até por causa da segurança que a gente passava e fortaleci o local com uma segurança superior que a gente encontra normalmente em hotéis, hostel, etc. Então, a galera gostava, eu tentava entregar uma qualidade de quarto maior, eu tentava entregar uma qualidade das coisas em si, da cama, da televisão, de tudo o ambiente superior do que você encontrava em um hotel três, quatro estrelas. Fazia todas as áreas interiores com mais qualidade do que em outros lugares. E o preço? Mais baixo. E era o que complicava muito porque eu não conseguia pagar às vezes um pessoal tão bom. Portanto o pouco quem fazia e o restante éramos nós, era sempre eu e minha equipe. Sempre voltando com muito amor, muito carinho e o negócio começou a explodir. Hoje a gente já tem mais pessoal, hoje a gente já consegue dar um trabalho cada vez melhor, mas a tendência é expandir e às vezes padronizar tudo isso, colocar de uma forma mais padronizada porque hoje como é um trabalho muito feito à mão. É uma hospedagem feita a mão e carinho. Com certeza a qualidade tem que ser a melhor possível e caseira ao mesmo tempo, e hoje foi assim. Lembro que meu primeiro cliente ele tinha a casa dele tinha pegado fogo e ele precisou ficar um mês na minha casa. 

Eu não tinha feito uma análise de preços pra saber o quanto eu iria cobrar a ele, eu sabia que seria mais baixo, mas eu não sabia o quanto então eu cobrei um preço que ninguém cobraria na vida. Só que como eu ainda cobrava em diária o valor saiu muito mais do que um aluguel de uma de um local e o cara pagou com maior alegria e indicou para outras pessoas. Essa primeira indicação dele pouca a boca se espalhou de tal forma porque eu não sabia quem era o cara tanto que ele era um rapaz até que um pouco importante. Ele era um caseiro importante de uma família bem rica e o patrão dele que pagou o local. Foi até o patrão dele e assim, gostaram muito do meu trabalho, até uns anos depois o patrão veio ver o local e assim, as coisas foram andando e aí que entra o meu lema: "Ajude, não importa como. Ajude as pessoas, não importa como, porque se você não sabe o que te espera". 

E você ajudando as pessoas, as pessoas de alguma forma retribui de algum jeito, às vezes com uma palavra, com um “boca a boca”, com "Poxa, essa pessoa é joia; como aquela empresa é impressionante" e isso é o poder. É isso o que eu falo que é o poder; o poder de ser reconhecido. Isso vai te dando mais segurança. 

Hoje eu sei que as pessoas confiam no meu trabalho porque somos nós que estamos aqui. Assim que quando eu abro qualquer outro negócio, eles confiam também porque somos nós. Eles sabem que vamos fazer um negócio com o máximo de empenho possível, que vamos dar o nosso melhor e então as pessoas começam a gostar mais exatamente por isso. E foi assim que começou a pequeno empreendimento, a Pousada Paraíso. 

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